Change of Independent Audit Firms: Why Do They Occur in Brazil?
RESUMO
Considerando as iniciativas da Comissão de Valores Mobiliários de regulamentação do rodízio obrigatório de firmas de auditoria e de divulgação de informações sobre as mudanças obrigatórias e voluntárias realizadas, o presente estudo analisou a frequência das mudanças obrigatórias e voluntárias de firmas de auditoria independente em companhias abertas não financeiras brasileiras, bem como as justificativas apresentadas pelos administradores para as mudanças voluntárias
de auditores independentes implementadas. O resultado da pesquisa demonstrou que um número significativo de empresas não realizou a troca de auditores independentes no período de cinco anos analisado; houve uma quantidade expressiva de mudanças voluntárias (125 eventos), embora
inferior a de mudanças obrigatórias (58,3%); as empresas não divulgaram as justificativas para as trocas voluntárias em quase um terço dos casos (34 eventos), conforme exigido pelo órgão regulador; e diversas justificativas apresentadas pelas empresas foram genéricas ou ambíguas. Este estudo contribui ao alertar sobre a existência de deficiências na divulgação das justificativas pelas companhias para as mudanças voluntárias de firmas de auditoria, assim como apresenta evidências empíricas relevantes para compreensão de como a troca de auditores está sendo praticada no Brasil.

Palavras-chave: Rotatividade de Auditores, Auditoria Independente, Governança Corporativa.
ABSTRACT
The activity of reviewing the financial statements performed by the independent audit firms must be conducted in such a way that their independence is preserved, guaranteeing their objectivity and the quality of the services provided. Considering the regulatory initiatives for mandatory rotation of audit firms and the requirements for information disclosure
on voluntaries changes, this study analyzed the frequency of mandatory and voluntary changes of independent audit firms in Brazilian non-financial public companies in the period between 2012 and 2016 and the justifications presented by the administrators for the voluntary changes of independent auditors implemented. The result of the survey shows
that a significant number of companies did not change the independent auditors in the five-year period analyzed, an expressive number of voluntary changes (125 events), although lower than the number of mandatory changes (58.3%); companies did not disclose the justification in almost a third of the cases (34 events), as required by the regulatory agency; and that several local justifications are generic or ambiguous.
This study contributes to alert about deficiencies in companies' disclosure justifications for voluntary audit changes and bring evidence relevant to the understanding of how switching auditors is practiced in Brazil.

Keywords: Auditor Turnover, Independent Audit, Corporate Governance.