ASPECTOS COMPORTAMENTAIS: A CONTROLADORIA COMO FATOR DE INFLUÊNCIA NO COMPORTAMENTO HUMANO
Gilberto Crispim, Luiz Marcelo Martins do Amaral Carneiro Cabral, Jeronymo José Libonati
Resumo
Referida pesquisa tem o objetivo de estudar a percepção da influencia da controladoria no aspecto comportamental humano, na visão do controller e de outros gestores, numa empresa com mais de 50 anos de mercado, cujo faturamento gira em torno de R$ 2,5 bilhões ao ano, no segmento de GLP – Gás Liquefeito de Petróleo, através da pesquisa de campo. A modernidade e a globalização foram preponderantes para as empresas atuarem no âmbito nacional e internacional, bem como acirraram a concorrência entre elas, e, ainda, influenciaram na revolução da tecnologia da informação. Com isso, estão imersas em mudanças a nível macroeconômico, e estas acabam conduzindo às inovações a nível organizacional. Os aspectos relativos às mudanças implicam no comportamento, tanto individual quanto organizacional. O motivo que justificou a implantação da controladoria se deu em razão da necessidade da criação de controles, padronização de informações e maior competitividade no mercado. Observou-se que as ações de criar normas e procedimentos de controle interno, do orçamento/custos ou avaliação de desempenho mostraram-se ser os principais focos de resistência, sob tudo, ao medo da perda do emprego, diante da perspectiva de não corresponder às mudanças necessárias. Contudo, fica evidente que os fatores de resistência passam a ter impacto, mais pela maneira de atuação da controladoria que da sua implantação /existência. Cabe destacar que o grau de escolaridade, a falta de transparência e pouco envolvimento dos colaboradores no processo de decisão, foram alguns dos fenômenos ocorridos para a resistência dos colaboradores. Por fim, foi verificado também que as resistências são processos inevitáveis e que advêm de algumas atividades desempenhadas pela controladoria. Por isso, acaba se tornando um conceito moderador das mudanças ocorridas na empresa. Por isso, a existência destes fenômenos não pode impedir as ações promovidas pela controladoria que tem como objetivo o progresso das organizações. Para isto a figura do controller deve atuar com persistência e coerência. Todas estas alterações acabam exigindo novas práticas gerenciais e sendo assim, a controladoria é o órgão responsável por este processo. Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram entrevista, realizadas no local de trabalho, com perguntas, diretas e estruturadas, para gestores e trabalhadores envolvidos com a mudança.
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