A teoria da escolha pública é um programa interdisciplinar que aplica métodos tradicionais das ciências econômicas ao setor público para explicar como a maximização do auto interesse, as características individuais e preferências de atores políticos, burocratas e grupos de interesse podem influenciar o processo da tomada de decisão. Diante do cenário político em que se encontra o Brasil atualmente, a teoria tem se revelado adequada para estudos empíricos. Nesse sentido, a pretensão desse estudo é introduzir o leitor no contexto da teoria por meio dos aspectos históricos, dos fundamentos teóricos, e na ênfase do desenvolvimento acadêmico da literatura brasileira. Sob essa ótica, foi realizado um levantamento bibliométrico e aplicação de métricas da cientometria em trabalhos científicos fundamentados na teoria da escolha públicadurante o período de 2007 a 2016. Os resultados indicaram que a Teoria da Escolha Pública foi utilizada como base teórica em trabalhos acadêmicos de relevância como Teses e Dissertações de diversos campos do conhecimento, no entanto, embora Ciências Econômicas e Ciências Contábeis tenham apresentado destaque dentre todas as áreas, pode-se evidenciar uma tímida direção e ênfase por parte da Contabilidade. Em relação as organizações educacionais, a USP e a UFBA se destacaram na produção científica e o autor mais citado foi o teórico fundador da escolha Pública James Buchanan. Acerca da continuidade das pesquisas, apenas 37,5% resultaram em outras obras ou estudos, além da própria Tese ou Dissertação. Esses elementos revelam que a teoria está sendo pouco discutida na literatura brasileira e observa-se que há necessidade de se desenvolver um novo caminho científico que possa auxiliar a Contabilidade Pública na explicação de fenômenos inerentes ao processo da tomada de decisão dos gestores públicos e no aperfeiçoamento do modelo gerencial de gestão pública, sendo que a discussão e disseminação desta teoria pode vir a ser um primeiro passo neste processo.