Governança Corporativa e Participação Societária de Bancos, BNDES e Fundos de Pensão como fatores de resistência às crises financeiras.
Adriano Augusto Costa Carnauba
Resumo
O presente artigo apresenta os resultados de pesquisa quantitativa que busca identificar as associações existentes entre níveis de governança corporativa, e a ocorrência ou não de participação dos bancos, BNDES e fundos de pensão na composição societária de uma amostra composta por 160 empresas listadas na BM&FBovespa, bem como avaliar a influência destas variáveis como fatores de sustentação das cotações das ações destas empresas no ápice da crise financeira de 2008. Mediante a aplicação de técnicas de modelagem multivariada de regressão logística e análise de correspondência, foi verificado que a adoção de níveis diferenciados de governança é fator significativo para o incremento da resistência das cotações acionárias às crises financeiras sistêmicas, bem como é significativa a associação positiva entre a participação de investidores institucionais na composição acionária das empresas listadas e a adoção de níveis diferenciados de governança. Os resultados trazem indícios de que o mercado reconhece a atuação destes investidores como fatores de indução à adoção de boas práticas de governança, refletindo-se nos preços dos ativos.
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