Fraude corporativa e gerenciamento de resultados em companhias abertas brasileiras
Paulo Vitor Souza de Souza, Elmo Dias da Silveira, Paulo Augusto Pettenuzzo de Britto
Resumo
Esta pesquisa tem por objetivo verificar a relação entre os índices de fraude corporativa com o gerenciamento de resultados em companhias brasileiras de capital aberto. O método da pesquisa utilizou-se de 204 empresas, no período de 2010 a 2019, tendo-se como variável dependente o gerenciamento de resultados por meio dos modelos de Jones Modificado por Dechow, Sloan e Sweeney (1995) e por Kothari, Leone e Wasley (2005). Admitiu-se para a variável independente apenas uma proxy denominada Índices de Fraude (IFR), que se baseia em relatórios de Processos Administrativos Sancionadores (PAS), em investigações de teor midiático, relatórios de auditoria externa e dados obtidos em determinados períodos, no site B3 e incluem-se as variáveis de controle: Tamanho, Retorno Sobre os Ativos, Endividamento, Fluxo de Caixa Operacional e Índice de Governança Corporativa. Os resultados foram obtidos mediante análise de regressão com dados em painel. Os resultados fornecidos pelos dois modelos de regressão apontam que a medida de fraude se relacionou positivamente com o gerenciamento de resultados das companhias, ou seja, empresas que apresentam maiores índices de gerenciamento de resultados foram aquelas que apresentaram indícios de ocorrência de fraude em determinado período. Conclui-se, portanto, que gerenciar resultados pode abrir margens para que as empresas possam incorrer de fraudes corporativas.
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ISSN da versão on-line (atual): 1984-3291
Periodicidade: Quadrimestral
Classificação CAPES: A3